Descrição
Doença
infecciosa aguda produzida por clamídias, que cursa com febre, prostração,
tosse, cefaléia, calafrios, acompanhados de acometimento das vias aéreas
superiores ou inferiores. Os pacientes acometidos podem apresentar epistaxe,
esplenomegalia, sendo o quadro pulmonar compatível com o de pneumonia atípica.
Ocorre, ainda, distensão abdominal, obstipação ou diarréia, delírio e lesões
cutâneas sob a forma de roséolas, similares à febre tifóide. A enfermidade, em
geral, é leve ou moderada no homem, podendo ser mais grave em idosos que não
recebam tratamento adequado.
Sinonímia
Ornitose.
Agente etiológico
Chlamydiapsittaci.
Reservatório
Os
pássaros, principalmente os psitacídeos (papagaios, araras, periquitos),
podendo ser acometidas outras espécies, como pombos, perus e gansos; algumas espécies
de mamíferos também podem ser afetados, como caprinos e ovinos.
Modo de transmissão
Via
respiratória, através da aspiração de poeira contaminada por dejetos dos
animais doentes ou portadores. Apesar de rara, é possível a transmissão via
respiratória, de pessoa a pessoa, na fase aguda da doença.
Período de incubação
De
1 a 4 semanas.
Período de transmissibilidade
Dura
semanas ou meses.
Complicações
Pericardite,
miocardite, endocardite, tromboflebite superficial, hepatites e encefalopatia
são complicações não muito freqüentes.
Diagnóstico
Clínico-epidemiológico
e sorológico, através da reação de fixação do complemento e/ou ELISA.
Tratamento
Adultos:
tetraciclina, 20 a 40mg/kg/dia, VO, de 6/6 horas, durante 14 a 21 dias. Em
crianças menores de 7 anos, deve ser utilizada eritromicina, 30-
40mg/kg/dia,
VO, de 6/6 horas.
Características
epidemiológicas
Doença
de distribuição universal, ocorrendo em qualquer estação do ano. Acomete,
principalmente, indivíduos que mantêm contato direto com aves e animais, a
exemplo de trabalhadores em abatedouros de aves, lojas de animais ou
proprietários de pássaros e outros animais domésticos, o que lhe dá um caráter
de doença ocupacional nessas situações.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivo
Não
se desenvolve ações específicas de vigilância epidemiológica. Os casos devem
ser diagnosticados e tratados precocemente para evitar complicações e
transmissão da doença.
Notificação
Não
é doença de notificação compulsória e não se encontra sob vigilânciaepidemiológica,
sendo obrigatória apenas a investigação de surtos.
incluído
no SINAN.
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