segunda-feira, 1 de julho de 2013

Meningite e Doença Meningocócica (DM)




O que é: A Doença Meningocócica (DM) é uma infecção grave causada pela Neisseriameningitidis(meningococo) que pode se apresentar das seguintes formas: meningite meningocócica com ou sem meningococemia (presença do meningococo na corrente sanguínea).

Distribuição no Brasil e no mundo:  A doença meningocócica foi estudada pela primeira vez por Vieusseux, em Genebra, na Suíça, durante um surto ocorrido em 1806. A bactéria responsável pela doença foi identificada e descrita pela primeira vez em 1884 por Marchiafava e Celli na Itália; mas somente em 1887 foi cultivada, recebendo a denominação de Neisseriameningitidis por Weichselbaum. Durante o século XIX, as epidemias desta doença foram frequentes na Europa. O meningococo apresenta os seguintes sorotipos: A, B, C, X, Y e W135.

Os primeiros casos de meningite meningocócica registrados no Brasil datam de 1906. A década de 70 foi marcada pela ocorrência de uma grande epidemia de doença meningocócica. Naquela ocasião foi realizada uma campanha de vacinação nacional, na qual foi utilizada a vacina antimeningocócica AC. Após este período, o sorogrupo A deixou de circular no país e os sorogrupos B e C passaram a ser predominantes.

Em meados da década de 90 e 2000 houve surtos de doença meningocócica, particularmente nas regiões Sul e Sudeste do país. Durante este período foi utilizada a vacina antimeningocócica BC em alguns estados brasileiros.



Transmissão:


Agentes causadores (patógeno e vetores):  Neisseriameningitidis (meningococo), bactéria em forma de diplococos gram-negativos. É classificada em sorogrupos de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula, sorotipos e subtipos. Os sorogrupos mais importantes são: A, B, C, W135 e Y.

A transmissão ocorre por meio do contato íntimo de pessoa a pessoa (pessoas que residem no mesmo domicílio ou que compartilham o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches, etc.), por meio de gotículas das secreções da nasofaringe. O principal transmissor é o portador assintomático. O período de incubação varia entre 2 a 10 dias; em média, de 3 a 4 dias. Quanto ao período de transmissibilidade este se dá enquanto houver o agente na nasofaringe. Em geral, após 24 horas de antibioticoterapia adequada, o meningococo já desapareceu da orofaringe.
  


Diagnóstico:

Clínico (principais sintomas):  Por tratar-se de uma septicemia (meningococcemia), geralmente, o quadro é grave e caracterizado por mal-estar súbito, febre alta, calafrios, prostração, acompanhada de manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses), e ainda, quando ocorre a forma de meningite, podem ocorrer cefaleia intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca, além de outros sinais de irritação meníngea. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Delírio e coma podem surgir no início da doença, ocorrendo, às vezes, casos fulminantes, com sinais de choque. Lactentes raramente apresentam sinais de irritação meníngea, o que leva a necessidade de se observar febre, irritabilidade ou agitação, grito meníngeo e recusa alimentar, acompanhados ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.

Laboratorial (exames realizados): O diagnóstico é feito através do isolamento do agente N. meningitidis no sangue através da hemocultura ou no liquor (líquido cefaloraquidiano). O raspado das lesões de pele também pode ser cultivado para identificação do agente. 



Tratamento: 

O tratamento deve ser indicado por um médico, após a suspeita ou confirmação da doença.


Prevenção:


A principal forma de prevenção é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se, principalmente, que a doença seja transmitida a outras pessoas.

A vacina contra o meningococo C é utilizada somente em situações especiais. Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental. Contactantes de casos de doença meningocócica devem receber quimioprofilaxia, no prazo de 48 horas da exposição à fonte de infecção, com medicamentos prescritos pelo médico ou pelas autoridades sanitárias.
 

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