Doença de Lyme
A doença de Lyme é uma
enfermidade infecciosa causada por espiroquetas, mais especificamente
pertencente à espécie Borreliaburgdorferi,
que são transmitidos para os animais e/ou homens, através da picada do carrapato, sendo a principal zoonose deste gênero.
Esta doença tem sido descrita em
humanos, bovinos, eqüinos e cães e também, foi relatada infecções em ovinos. Os
espiroquetas são adquiridos quando os carrapatos (agente), ainda em seu estágio
larval, se alimentam de pequenos animais reservatórios do patógeno, como por
exemplo, roedores silvestres, porco-espinho e aves. Na fase adulta, quando vão
se alimentar de grandes mamíferos, transmitem a enfermidade. A transmissão
vertical (transovariana) nos carrapatos, não é muito frequente, portanto não
tem importância epidemiológica.
Os prováveis carrapatos responsáveis
pela transmissão do patógeno pertencem aos gêneros Ixodides (ciclo silvestre) eAmblyomma (animais domésticos aos humanos).
Quando penetram a pele, no momento da
mordedura, estas bactérias invadem as células, embora sejam bactérias
predominantemente extracelulares, invadem as células endoteliais penetrando nos
tecidos em seguida. Mesmo havendo resposta imunológica do hospedeiro aos
diversos antígenos, e também, da imediata realização da terapêutica
antibiótica, a B.
burgdorferi pode
estabelecer uma infecção persistente.
Nos seres humanos, a doença de Lyme,
inicialmente, caracteriza-se por uma mancha vermelha (eritema) em torno da
picada, cerca de 8 a 9 dias após a transmissão do agente. Conforme ela se
agrava, essa mancha espalha-se por todo o corpo, recebendo assim, o nome de
eritema migratório. Os sintomas apresentados podem ser mal-estar, febre, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, podendo
durar várias semanas ou mais. Algumas pessoas podem apresentar disfunções
cardíacas, podendo aparecer no início da doença ou numa fase mais avançada.
Quando não há tratamento, a doença pode evoluir para outras fases, ocorrendo
comprometimento do sistema nervoso, alterações de equilíbrio e vista.
No homem, o tratamento precoce ajuda a
evitar complicações. Pode ser feito com a administração de antibióticos, como a
doxiciclina, amoxicilina, penicilina ou
eritromicina via oral durante as primeiras fases da doença. Nos casos de doença
tardia, persistente ou grave, a antibioticoterapia é feita via endovenosa.
A profilaxia nos humanos deve ser feita com o uso de roupas calaras
cobrindo grande parte da pele e também, usando botas de cano alto quando for
andar em campos ou matas. Quando for encontrado carrapato no corpo, deve ser
retirado adequadamente. O controle dos roedores também é uma medida que deve
ser tomada, pois eles são reservatórios da doença. Outro ponto importante é
realizar uma modificação no ambiente onde vive o carrapato, passando vassoura
de fogo, corte da grama e introdução de predadores destes ácaros.
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