domingo, 30 de junho de 2013

Hepatite C


Doença viral com infecções assintomáticas ou sintomáticas. As hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar,
cefaléia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e cigarro.

Agente etiológico
Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.

Habitat
Homem.

Modo de transmissão
A transmissão ocorre principalmente por via parenteral. São consideradas populações de risco acrescido: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis, inaláveis, tatuagem, “piercing” ou que apresentem outras formas de exposição percutânea. A transmissão sexual pode ocorrer principalmente em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de preservativo). A transmissão perinatal é possível e ocorre quase sempre no momento do
parto ou logo após. A transmissão intra-uterina é incomum.

Período de incubação
Varia de 15 a 150 dias.

Período de transmissibilidade
Inicia-se 1 semana antes do início dos sintomas e mantém-se enquanto o paciente apresentar RNA-HCV reagente.

Complicações
Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma hepato-celular.

Diagnóstico
Clínico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessário exames sorológicos.

Tratamento
O tratamento específico para a fase aguda é complexo e ainda não está totalmente esclarecido na literatura. Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Recomenda-se uma dieta pobre em gordura e rica em carboidratos. De forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por no mínimo 6-12 meses.

Profilaxia
Não há vacina, nem imunoglobulina para a hepatite C. Aos portadores crônicos do HCV são recomendadas as vacinas contra hepatite A e B, se forem susceptíveis, evitando o risco destas infecções. Aos portadores do HCV é importante que orientações sejam dadas para evitar a transmissão do vírus. A possibilidade da transmissão vertical (mãe-filho) e através do aleitamento materno deve ser problematizadas com mães infectadas pelo HCV. O portador não deve fazer doação de sangue.



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