Doença viral com
infecções assintomáticas ou sintomáticas. As hepatites sintomáticas são
caracterizadas por mal-estar,
cefaléia, febre
baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no
hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e cigarro.
Agente
etiológico
Vírus da
Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.
Habitat
Homem.
Modo de
transmissão
A transmissão
ocorre principalmente por via parenteral. São consideradas populações de risco
acrescido: indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados
antes de 1993, pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis,
inaláveis, tatuagem, “piercing” ou que apresentem outras formas de exposição
percutânea. A transmissão sexual pode ocorrer principalmente em pessoas com
múltiplos parceiros e com prática sexual de risco acrescido (sem uso de
preservativo). A transmissão perinatal é possível e ocorre quase sempre no
momento do
parto ou logo
após. A transmissão intra-uterina é incomum.
Período de
incubação
Varia de 15 a
150 dias.
Período de
transmissibilidade
Inicia-se 1
semana antes do início dos sintomas e mantém-se enquanto o paciente apresentar
RNA-HCV reagente.
Complicações
Cronificação da
infecção, cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas,
peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma
hepato-celular.
Diagnóstico
Clínico-laboratorial.
Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico,
sendo necessário exames sorológicos.
Tratamento
O tratamento
específico para a fase aguda é complexo e ainda não está totalmente esclarecido
na literatura. Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e
prurido. Recomenda-se uma dieta pobre em gordura e rica em carboidratos. De
forma prática, deve ser recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de
acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está
relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por no mínimo 6-12
meses.
Profilaxia
Não há vacina, nem
imunoglobulina para a hepatite C. Aos portadores crônicos do HCV são
recomendadas as vacinas contra hepatite A e B, se forem susceptíveis, evitando
o risco destas infecções. Aos portadores do HCV é importante que orientações
sejam dadas para evitar a transmissão do vírus. A possibilidade da transmissão
vertical (mãe-filho) e através do aleitamento materno deve ser problematizadas
com mães infectadas pelo HCV. O portador não deve fazer doação de sangue.
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