Doença viral
aguda e autolimitada. Apresenta um curso benigno, embora tenha sido descritos
casos, principalmente em gestantes, com evolução para a forma fulminante.
Apresenta-se de forma assintomática (usualmente em crianças) ou com sintomas
semelhante à hepatite A, sendo a icterícia observada na maioria dos pacientes.
Compreende vários períodos:
a) Incubação ;
b) Prodrômico
ou pré -ictérico - Duração em média de três a quatro dias, caracterizado
por mal-estar, cefaléia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga intensa,
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto abdominal;
c) Ictérico - Além da
icterícia, é comum a presença de queixas de colúria, prurido e hipocolia fecal
e hepatomegalia. A febre, artralgia e cefaléia tendem a desaparecer nesta fase;
d)
Convalescência -
Retorno da sensação de bem-estar, gradativamente a icterícia regride, as fezes
e a urina voltam à coloração normal. Nos casos típicos em um mês há remissão
completa dos sintomas.
Agente
etiológico
Vírus da
hepatite E (HEV). É um vírus RNA, família Caliciviridae.
Habitat
O homem. Relatos
recentes de isolamento do HEV em suínos, bovinos, galinhas, cães, roedores e
alguns primatas.
Modo de
transmissão
Fecal-oral,
principalmente pela água e alimentos contaminados por dejetos humanos e de
animais. Apesar de ser um evento raro, pode também ser transmitido por via
vertical e parenteral.
Período de
incubação
De 2 a 9
semanas, média de 6 semanas.
Período de
transmissibilidade
Desde a segunda
semana antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença.
Complicações
Não há relato de
evolução para cronicidade ou viremia persistente. Em gestantes, a hepatite é
mais grave, podendo apresentar formas fulminantes.
Diagnóstico
Clínico-laboratorial.
Apenas com os aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico,
sendo necessário exames sorológicos.
Tratamento
Não existe
tratamento específico para a forma aguda. Se necessário, apenas sintomático
para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso
relativo até praticamente a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em
gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é
ser mais agradável para o paciente anorético. De forma prática, deve ser
recomendado que o próprio paciente defina sua dieta de acordo com seu apetite e
aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool,
que deve ser suspensa por 6-12 meses.
Profilaxia
As medidas de
controle incluem a notificação de surtos e os cuidados com o paciente. A
notificação é importante para que se desencadeie a investigação das fontes
comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas.
Os cuidados com
o paciente incluem o afastamento do mesmo das atividades normais durante as
primeiras duas semanas da doença e a máxima higiene com desinfecção de objetos,
limpeza de bancadas, chão, etc, utilizando cloro ou água sanitária As medidas
preventivas incluem:
a) educação da
população quanto às boas práticas de higiene;
b) medidas de
saneamento básico com água tratada e esgoto.
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