domingo, 30 de junho de 2013

LEPTOSPIROSE

Doença infecciosa aguda com envolvimento sistêmico e de caráter endêmico, podendo
se apresentar na forma epidêmica sob determinadas condições. A infecção pode ser assintomática, sub-clínica ou ocasionar quadros clínicos graves, anictéricos ou ictéricos com alta letalidade.
 a) Fase septicêmica - Caracterizada por hepatomegalia e, mais raramente, esplenomegalia,
hemorragia digestiva, mialgia que envolve panturrilhas, coxa, abdômen e musculatura paravertebral, fotofobia, dor torácica, tosse seca, com ou sem hemoptóicos, exantemas maculares, máculo-papulares, urticariformes ou petéquias, hiperemia de mucosas com duração de 4 a 7 dias;
b)Fase imune - Quando há cefaléia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, uveíte, com duração de 1 a 3 semanas. A forma ictérica, Doença de Weil, evolui com insuficiência renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas. Sintomas mais intensos que a forma anictérica, com duração de 1 a 3 semanas, com taxas de letalidade de 5 a 20%.
Conhecida também como Febre dos pântanos, febre outonal, febre dos sete dias, doença dos porqueiros, tifo canino.

Agente etiológico
Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, do qual se conhecem atualmente sete espécies patogênicas, sendo a mais importante a L. interrogans.

Habitat
Os roedores são os principais reservatórios da doença, principalmente os
domésticos; dentre os animais domésticos, atuam também como portadores
os cães, bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equinos.
Modo de transmissão
Pelo contato com água ou solo contaminados pela urina dos animais portadores,
principalmente de roedores, e mais raramente pelo contato direto
com sangue, tecido, órgão e urina de animais infectados.
 


Período de incubação
Variável de 24 horas a 30 dias, numa média de 7 a 14 dias.
Período de transmissibilidade
Dura enquanto a leptospira estiver na urina da pessoa ou animal. Nos animais,
pode durar meses, anos ou por toda a vida, dependendo da espécie
infectada. É rara a infecção inter-humana.
Complicações
Hemorragia digestiva e pulmonar maciça, pneumonia intersticial, insuficiência
renal aguda, distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e ácidobásico,
colapso cardiocirculatório, insuficiência cardíaca congestiva, com
falência de múltiplos órgãos e morte.
Diagnóstico
Clínico-epidemiológico e laboratorial.
Tratamento
Penicilina G cristalina é a droga de escolha, em 4 doses diárias, por 7 a 10 dias. O tratamento deve ser administrado
até ou após o 5o dia de doença, pois, mesmo quando iniciado mais tarde, pode alterar a evolução dos casos graves. Medidas de controle
Assistência médica adequada e oportuna ao paciente; detecção de áreas de risco a serem desencadeadas
ações de controle; proteção à população; controle de roedores; Imunização de animais domésticos.

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