Doença
infecciosa aguda com envolvimento sistêmico e de caráter endêmico, podendo
se apresentar na
forma epidêmica sob determinadas condições. A infecção pode ser assintomática,
sub-clínica ou ocasionar quadros clínicos graves, anictéricos ou ictéricos com
alta letalidade.
a) Fase septicêmica - Caracterizada
por hepatomegalia e, mais raramente, esplenomegalia,
hemorragia
digestiva, mialgia que envolve panturrilhas, coxa, abdômen e musculatura
paravertebral, fotofobia, dor torácica, tosse seca, com ou sem hemoptóicos,
exantemas maculares, máculo-papulares, urticariformes ou petéquias, hiperemia
de mucosas com duração de 4 a 7 dias;
b)Fase imune - Quando há
cefaléia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, uveíte, com duração
de 1 a 3 semanas. A forma ictérica, Doença de Weil, evolui com insuficiência
renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas. Sintomas mais
intensos que a forma anictérica, com duração de 1 a 3 semanas, com taxas de
letalidade de 5 a 20%.
Conhecida também
como Febre dos pântanos, febre outonal, febre dos sete dias, doença dos
porqueiros, tifo canino.
Agente
etiológico
Bactéria
helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira,
do qual se conhecem atualmente sete espécies patogênicas, sendo a mais importante
a L. interrogans.
Habitat
Os roedores são
os principais reservatórios da doença, principalmente os
domésticos;
dentre os animais domésticos, atuam também como portadores
os cães,
bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equinos.
Modo de
transmissão
Pelo contato com
água ou solo contaminados pela urina dos animais portadores,
principalmente
de roedores, e mais raramente pelo contato direto
com sangue,
tecido, órgão e urina de animais infectados.
Período de
incubação
Variável de 24
horas a 30 dias, numa média de 7 a 14 dias.
Período de
transmissibilidade
Dura enquanto a
leptospira estiver na urina da pessoa ou animal. Nos animais,
pode durar
meses, anos ou por toda a vida, dependendo da espécie
infectada. É
rara a infecção inter-humana.
Complicações
Hemorragia
digestiva e pulmonar maciça, pneumonia intersticial, insuficiência
renal aguda,
distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e ácidobásico,
colapso
cardiocirculatório, insuficiência cardíaca congestiva, com
falência de
múltiplos órgãos e morte.
Diagnóstico
Clínico-epidemiológico
e laboratorial.
Tratamento
Penicilina G
cristalina é a droga de escolha, em 4 doses diárias, por 7 a 10 dias. O
tratamento deve ser administrado
até ou após o 5o
dia de doença, pois, mesmo quando iniciado mais tarde, pode alterar a evolução
dos casos graves. Medidas de controle
Assistência
médica adequada e oportuna ao paciente; detecção de áreas de risco a serem
desencadeadas
ações de controle;
proteção à população; controle de roedores; Imunização de animais domésticos.
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