É uma infecção
fúngica sistêmica podendo apresentar-se
desde como uma
infecção assintomática até a forma de doença disseminada
com êxito letal.
Alguns indivíduos apresentam formas semelhantes ao estado
gripal, não
requerendo assistência médica. O principal fator determinante
no
desenvolvimento dos sintomas é o tamanho do inóculo. Outros fatores
como virulência
do agente, faixa etária e doenças de base também contribuem
para o
aparecimento de sintomas. A infecção, quase sempre, é produzida
pela inalação de
microconídias da fase filamentosa do fungo. Estas
penetram até o
alvéolo pulmonar, onde são englobadas pelos macrófagos,
iniciando-se a
fase leveduriforme no parênquima pulmonar, invadindo,
posteriormente,
os linfonodos hilo-mediastinais e disseminando-se pela
corrente
sanguínea. Essa fungemia geralmente é assintomática, permitindo
que o agente
parasite todos os tecidos do sistema monocítico-histiocitário,
a exemplo de
pulmões, fígado, baço, linfonodos e estruturas
linfáticas do
tubo digestivo.
Agente
etiológico
Histoplasma
capsulatum,
fungo dimórfico que existe no solo, em fase micelial,
mas se converte
em fase leveduriforme na temperatura corpórea do
homem (37ºC).
Habitat
Histoplasma
capsulatum está
presente nos solos ricos em substâncias orgânicas, com pH ácido e, especialmente,
contaminados com dejeções de aves de criação, morcegos ou pássaros agregados.
Pode causar infecções naturais em outras espécies animais, a exemplo de cães e
morcegos, ocasionando a excreção de fungos através de lesões intestinais, e
facilitando a disseminação de novos focos da infecção, através do seu
deslocamento.
Transmissão
A proliferação
dos microorganismos no solo gera microconídeos e macroconídeos tuberculados; a
infecção é adquirida pela inalação do fungo, suspenso em aerossóis. A histoplasmose
não é transmitida de pessoa a pessoa, como também não existe contágio direto
dos animais para o homem.
Período de
incubação
É variável,
geralmente de 1 a 3 semanas.
Diagnóstico
Clínico-epidemiológico
e laboratorial, através de cultura de material obtido do aspirado de medula
óssea, sangue, escarro e material de lesões. O exame histopatológico detecta o H.
capsulatum.
Tratamento
As
primo-infecções sintomáticas só se tratam com medidas de suporte ventilatório nos
casos mais graves, já que tendem a involuir espontaneamente. O tratamento
específico só é indicado em pacientes imunocomprometidos para se evitar a
progressão da doença. Nesses casos, aplica-se uma série curta de anfotericina
B, até completar dose total de 500mg, ou cetoconazol, em dose de 400mg/dia, por
6 meses, ou itraconazol 100mg/dia, por igual período.
Profilaxia
Até o momento
não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades educativas
com relação ao risco de infecção.
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