domingo, 30 de junho de 2013

HISTOPLASMOSE



É uma infecção fúngica sistêmica podendo apresentar-se
desde como uma infecção assintomática até a forma de doença disseminada
com êxito letal. Alguns indivíduos apresentam formas semelhantes ao estado
gripal, não requerendo assistência médica. O principal fator determinante
no desenvolvimento dos sintomas é o tamanho do inóculo. Outros fatores
como virulência do agente, faixa etária e doenças de base também contribuem
para o aparecimento de sintomas. A infecção, quase sempre, é produzida
pela inalação de microconídias da fase filamentosa do fungo. Estas
penetram até o alvéolo pulmonar, onde são englobadas pelos macrófagos,
iniciando-se a fase leveduriforme no parênquima pulmonar, invadindo,
posteriormente, os linfonodos hilo-mediastinais e disseminando-se pela
corrente sanguínea. Essa fungemia geralmente é assintomática, permitindo
que o agente parasite todos os tecidos do sistema monocítico-histiocitário,
a exemplo de pulmões, fígado, baço, linfonodos e estruturas
linfáticas do tubo digestivo.

Agente etiológico
Histoplasma capsulatum, fungo dimórfico que existe no solo, em fase micelial,
mas se converte em fase leveduriforme na temperatura corpórea do
homem (37ºC).

Habitat
Histoplasma capsulatum está presente nos solos ricos em substâncias orgânicas, com pH ácido e, especialmente, contaminados com dejeções de aves de criação, morcegos ou pássaros agregados. Pode causar infecções naturais em outras espécies animais, a exemplo de cães e morcegos, ocasionando a excreção de fungos através de lesões intestinais, e facilitando a disseminação de novos focos da infecção, através do seu deslocamento.

Transmissão
A proliferação dos microorganismos no solo gera microconídeos e macroconídeos tuberculados; a infecção é adquirida pela inalação do fungo, suspenso em aerossóis. A histoplasmose não é transmitida de pessoa a pessoa, como também não existe contágio direto dos animais para o homem.

Período de incubação
É variável, geralmente de 1 a 3 semanas.

Diagnóstico
Clínico-epidemiológico e laboratorial, através de cultura de material obtido do aspirado de medula óssea, sangue, escarro e material de lesões. O exame histopatológico detecta o H. capsulatum.

Tratamento
As primo-infecções sintomáticas só se tratam com medidas de suporte ventilatório nos casos mais graves, já que tendem a involuir espontaneamente. O tratamento específico só é indicado em pacientes imunocomprometidos para se evitar a progressão da doença. Nesses casos, aplica-se uma série curta de anfotericina B, até completar dose total de 500mg, ou cetoconazol, em dose de 400mg/dia, por 6 meses, ou itraconazol 100mg/dia, por igual período.

Profilaxia
Até o momento não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário